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sábado, 29 de novembro de 2008

No horizonte do infinito...

Deixamos a terra firme e embarcamos!
Queimamos a ponte,
Mais ainda – cortamos todo o laço que ficou pra trás!
Agora tenha cautela, pequeno barco!
Junto a você está o oceano,
É verdade que ele nem sempre ruge,
E às vezes se estende como seda e ouro e devaneio de bondade.
Mas virão momentos em que você perceberá que ele é o infinito,
E que não há coisa mais terrível que a infinitude.
Oh, pobre pássaro que se sentiu livre e agora se bate nas paredes dessa gaiola!
Ai de você, se for acometido de saudade da terra,
Como se lá tivesse havido mais liberdade,
E já não existe mais “terra”!

Friedrich Nietzsche
A Gaia Ciência - 124