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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A gravidez de Dezembro

Tudo fica tão grávido em Dezembro!!!
É como se o mundo todo estivesse com a barriga à mostra...
O Natal acontece mesmo é no Pré-Natal.
A vida é a ansiedade do deus em vir ao mundo...
Viver é mais ou menos assim:
Adormecíamos encostados pelas esquinas feitas de passados
E de repente, um olhar acordou o universo.
Bastou! O que jazia, agora pisca!
Nasce verdadeiramente quem prefere os riscos dos desertos
Às seguranças magras, gordas de poupanças confiscáveis.
Dezembro-quente-surpreendente tem sido assim desde o primeiro dia.
Quando o divino quis amar o meu mundo em forma de gente...
Esperamos ansiosos o céu que se faz ceia,
O calor feito calendas,
O deserto cruzado por estrelas solitárias e mudas.
O Amor aconteceu mesmo foi no fundo do quintal.
E acordou os vizinhos curiosos.
O deus-feito-gente-e-andança fugiu das casas cálidas-calantes.
Cada ser-amante é a gravidez da eternidade.
O parto está perto.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Imprevisível

Acontece que a Poesia é melhor forma do deus surpreender o mundo.
Quando a prosa se torna seduzida pela rima
É porque as paralelas se encontraram.
O Aqui anda com tanta cara de Aí que até me perco.
O mundo, indiscreto, girou tanto ao redor do próprio eixo,
Que só poderia Mesmo voltar no Mesmo lugar do Mesmo.
Onde ainda permaneço ao teu lado na Foto.
O tempo é imoral.
Ele não nos pergunta as horas, ele as cobra.
Insistente. Atrevido. E cheio de surpresas já conhecidas.
Eu creio no Amor surpreendente.
Feito de distância e dúvidas.
É preciso remar muito,
Para que o Amor seja rumo.
Mas basta uma galinha cega,
Para que enxerguemos o imprevisível aos olhos.
Estralados, Estrelados, Escapados, Suados e Molhados
São todos os seres que insistem em fazer do Amor uma procissão,
Feita de ideias e idas sem saídas.
Com velas acesas e perfume entre os dedos.
Eu aprendi a crer no deus do imprevisível.
E já não temo o segundo seguinte.
O nome da sua rua não está no meu mapa.
E ainda assim, chegaremos.