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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Mais um pouco da minha fase estética...

PESSOA

A arte livra-nos ilusoriamente da sordidez de sermos.
Enquanto sentimos os males e as injúrias de Hamlet, príncipe da Dinamarca, não sentimos os nossos - vis porque são nossos e vis porque são vis.
O amor, o sono, as drogas e intoxicantes, são formas elementares da arte, ou, antes, de produzir o mesmo efeito que ela.
Mas amor, sono e drogas tem cada um a sua desilusão.
O amor farta ou desilude.
Do sono desperta-se, e quando se dormiu, não se viveu.
As drogas passam-se com a ruína de aquele mesmo físico que serviram de estimular.
Mas na arte não há desilusão porque a ilusão foi admitida desde o princípio.
Da arte não há despertar, porque nela não dormimos, embora sonhássemos.
Na arte não há atributo ou multa que paguemos por ter gozado dela.
O prazer que ela nos oferece, como em certo modo não é nosso, não temos nós que pagá-lo ou que arrepender-nos dele.
Por arte, entende-se tudo que nos delicia sem que seja nosso - o rasto da passagem, o sorriso dado a outrem, o poente, o poema, o universo objectivo.
Possuir é perder.
Sentir sem possuir é guardar, porque é extrair de uma coisa a sua essência.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sancho Pança e a demora da ilha

- Por Deus, senhor - disse Sancho - a ilha que não governar com os anos que tenho não a governarei com os anos de Matusalém. O mal está na demora da ínsula, perdida não sei onde, e que não me falte tutano para a governar.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Distraindo a verdade e enganando o coração

Essa letra do Pato Fu diz muito pra mim hoje...

olha, não sou daqui
me diga onde estou
não há tempo não há nada
que me faça ser quem sou
mas sem parar pra pensar
sigo estradas, sigo pistas pra me achar
nunca sei o que se passa
com as manias do lugar
porque sempre parto antes que comece a gostar
de ser igual, qualquer um
me sentir mais uma peça no final
cometendo um erro bobo, decimal
na verdade continuo sob a mesma condição
distraindo a verdade, enganando o coração
pelas minhas trilhas você perde a direção
não há placa nem pessoas informando aonde vão
penso outra vez estou sem meus amigo
se retomo a porta aberta dos perigos
na verdade continuo sob a mesma condição
distraindo a verdade, enganando o coração
na verdade continuo sob a mesma condição

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

NAS ASAS DO LABIRINTO

A Cia. de Teatro Libertarte convida para a noite de estréia de seu mais novo espetáculo...

NAS ASAS DO LABIRINTO: Dédalo, Ícaro e o abismo da relação

DIA 19/12/09

21hs

TEATRO DO COLÉGIO CRISTO REI - PRESIDENTE PRUDENTE/SP

Entrada: 1kg de alimento não-perecível