Visitas

domingo, 15 de novembro de 2009

Ela (a vida) me chamou pra dançar...

“Em teu olho olhei há pouco, ó vida! Vi ouro cintilar em teu olho noturno, parou meu coração diante dessa volúpia. Um batel de ouro vi cintilar em águas noturnas, um batel de ouro a balançar, que afundava, bebia água e tornava a acenar! Para o meu pé frenético pela dança, lançaste um olhar, um olhar a balançar, que sorria, indagava, enternecia. Duas vezes apenas, bateste tuas castanholas com mãos pequenas – e já meu pé balançava no frenesi pela dança. – Meus calcanhares se erguiam, meus dedos do pé escutavam, para compreender-te: pois o Dançarino, afinal, tem o ouvido no dedo dos pés! Em tua direção saltei (...) Acompanho-te na dança, sigo-te até por ínfimos vestígios”
(Nietzsche, Zaratustra III – Outro canto de dança).

Nenhum comentário: