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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

EGITO

Estou em viagem ao Egito e a israel.
Me impressionou o desejo do ser humano de ser eterno.
As pirâmides hoje me lembraram aquilo que nos move: o desejo de permanecer.
De um modo ou de outro, os faraós permaneceram.
São eternos na memória do povo.
O Egito não existiria sem eles.
A pirâmide faz o mundo convergir ao Egito.
Eterno é o que fica na memória da humanidade.
O Rio Nilo é um canal de eternidade.
Por ele a vida pulsa no coração do Egito.
Cada egípcio traz o Rio Nilo no peito.
Hoje aprendi que a religião nos faz eternos.
Ela nos cria memória.
Ela perpetua o desejo do "sempre" na humanidade.
Para não nos perdermos no vazio do consumo.
Entretanto, as pirâmides também me questionaram:
Como as religiões podem conviver com a miséria humana?
Como podem ser plenamente religiosas pessoas que olham ao redor e só encontram fome, miséria e injustiça?
Egito, Brasil, Mundo.
De fato ainda não somos religiosos o bastante.
Não estamos re-ligados ao bem comum.
Adoramos somente o bem pessoal.
Esquecemo-nos que o Pai é Nosso!
O Cristo não construiu pirâmides.
Seu templo era o corpo, a vida humana!
infelizmente, depois, construimos catedrais para permanecermos.
E tentamos infelizmente ser eternos por meio de pedras frias.
O caminho do Nazareno é outro.
Contra a nossa pretensão de sermos enormes,
Ele se fez pequeno.
Como um papiro entrelaçado, simples.
Onde podemos escrever o amor através do bem.
E nos tornarmos eternos!
SÓ O AMOR ETERNIZA O HOMEM.
Senhor, ensina-me a tornar eternas as pessoas.
E construir templos vivos ao redor do mundo.
Não em pirâmides frias e altas.
Não em catedrais úmidas e geladas.
Não em palavras bonitas,
Mas em carne que pulsa.
E que dance até o "sempre" tocar o chão do nosso "hoje"!

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