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domingo, 13 de março de 2011

O Balcão

Recentemente li "O Balcão" de Jean Genet.
Doeu.
A peça se passa numa "Casa de Ilusões".
Um balcão de um prostíbulo,
Onde homens usam (ou tiram) as máscaras que os representam.
Na casa das Ilusões cabem todos:
Generais, Chefes de Polícia, Bispos...
Genet desvelou o centro da vida:
Representar! Representar! Representar!
O que é o Ser senão pura Representação.
O prazer fútil é o lugar onde as máscaras são tiradas.
Onde os "eus" subsumidos pelos papéis sociais
Cedem aos solavancos grotescos da existência.
Estamos todos debruçados num grande Balcão.
Tateamos pequenos momentos de ilusão
Para respirarmos sem a máscara da história.
Ai dos que pensam ser possível viver sem máscaras.
Ai dos que se cansam de representar.
Fingir, fingir, fingir...
E atingir o Ser!

Um comentário:

mariab disse...

Muito bom seu texto, como sempre. Escolha a máscara que lhe agradar, afinal cada um tem muitas, uma delas é preferida e usada quase inconscientemente (será um mal necessário?)
Abraços!
"SENHOR, tu me sondas, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento ...”