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terça-feira, 18 de junho de 2013

A Revolução começou dentro

A revolução começou mineira.
Desconfiada. Quietinha. E cheia de "jamais".
Mas desde o primeiro olhar,
E da primeira música gostada junto,
Ela invadiu o território mais frágil a ser conquistado:
Um tal de coração, que insiste em não reagir.
Psiu! Não falem alto!
Mas ele escolheu apanhar pra ser livre!
A revolução criou estratégias,
Atravessou Estados,
Uniu pessoas que, de tão ímpares,
Descobriram a possibilidade de serem pares.
Daí pra frente, bastou uma faísca
Que foi Deus mesmo que mandou do céu
No meio da noite matuta e cheia de estrelas.
Cabrum! Santa Bárbara protegei-me!
Mas eu vi a tempestade e ela veio fulminante!
E estonteante!
E iniciou no coração-dos-seres-desejantes
Um alagamento de "e se..."s
Foi só aí, quando tudo parecia se afogar em impossível
Que os membros da Revolução decidiram beber tudo aquilo,
E ao invés de evaporarem como nuvens passageiras,
Descobriram naquilo que os inundava não um fim,
Mas o berço de um barco que preferiu não encalhar.
A revolução começou dentro.


Um comentário:

Suely Melo disse...

O mais bonito nisso tudo é ver que não ficou só nas palavras; em forma de poesia ou de crítica. Todo mundo sabe que só elas não adianta. Mas se elas vêm acompanhadas de ações, aí sim, é outra história. Parabéns, Thiago! Pelo texto e pela atitude. Bjos,