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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

VÁRZEA

Pra que defender o indefensável?
A carne não é sujeito.
É verbo o tempo todo.
Um pedaço de carne é tecido.
Daí que corpo é vestido desde o ventre.
Corpo-roupa, corpo-pano, corpo-voal.
Transparente e translúcido.
Que é antônimo de opaco.
Que por sua vez rima com fraco.
Forçando, até com frasco.
Já instituição rima com internação
Inalação, e injeção.
Talvez seja pra furar
E fazer vazar,
O que de tão permeável,
Às vezes alaga.
Corpos úmidos não se esgotam nunca.

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