Fernando Pessoa se diz como um intervalo entre o que ele é e o que ele não é, entre o sonho e o que a vida fez dele.
Eu concordo. Somos todos intervalos. O inter-valo é a separação entre dois vales. Vivemos sobre a corda estendida da vida, nos equilibrando continuamente entre o "já" e o "ainda não" da história. Nascemos para escalar o futuro.
Aquilo que a vida fez de nós nunca poderá ser maior do que aquilo que ela espera de nós. Se estamos entre os vales, ousemos fixar os olhos na margem. Sacudamos a corda e... caminhemos... sempre!
Eu posso chacoalhar o mundo no inter-valo estendido pela corda da minha existência!
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