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terça-feira, 11 de maio de 2010

Tecido

Hoje sinto que o tempo é de esperar.
Há grandes mudanças acontecendo.
Tecendo.
Sendo.

Aconteço-me contando.
Escrever pra mim é uma costura.
Tonsura.
Ternura.

O tempo me faz correr contra mim.
A vida escapa, morde.
Sacode.
Explode.

O sumo da existência é o que fica na mão.
Nele absorvo-me e calo.
Gargalo.
Falo.

Por que ricocheteio-me no silêncio?
E Tu? Em quem me Amas?
Dramas.
Chamas.

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