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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Cotiledones

Fazia tempo queria escrever um post com este título.
Todo mundo já viu cotiledones.
Quando fazemos a experiência com feijão na quinta série,
E o deixamos em um algodão com álcool,
De repente, como que num susto,
Um broto sai.
A vida sai de dentro do feijão.
E cresce num fiozinho tímido.
Conforme o broto cresce,
Fica pendurado o feijão-pai-mãe partido.
Essas partes se chamam Cotiledones!
Ele morreu por dentro.
Começou com uma cócega,
E expeliu uma vida cheia de grãos.
A morte continua pendurada à nova vida.
As partes do passado, ainda que murchem,
Resistem durante um bom tempo.
Às vezes sinto-me como Cotiledones.
Vejo uma vida imensa me partindo ao meio.
Crescendo, crescendo, engolindo o céu.
Sinto-me murchando em partes,
Cada vez mais distantes uma da outra.
Entreanto, assim como a alegria do Cotiledones,
Está em ver o feijao crescer em folhas e flores,
E parir um universo em forma de vagem.
Minha alegria está em saber que de dentro de minha alma partida,
Posso ver um alimento fresquinho emergir forte.
Grão caído na terra.
Mistura madura da existência.

Um comentário:

mariab disse...

Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existencia as mais diversas formas de sementes.

sua benção!oro por vc sempre ,hoje peço pra vc orar por mim...
forte abraço.