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domingo, 28 de agosto de 2011

Coisas e Palavras

Mergulhado em Foucault.
Estou num quase afogamento no Ser Coisado.
Fascinado pela penetrante diferença,
Que me subtrai de mim.
Em um nome. Só.
Ao mesmo tempo,
Hoje estou sedento de poesia.
De vestir as coisas com roupas delicadas.
Palavras miúdas. Quase tristes.
Estou afagado por Manoel de Barros,
Drummond, Rosa, Clarice.
Eles me santificam em sua prosearia do mundo.
Eles, com uma lanterna,
Chamam-me por uma trilha tortuosa...
A trilha da palavra torneada por versos,
Onde o Ser é cru.
Onde Deus se esconde de nossas pataquadas intelectuais.
Quero tocar meus pés nesse limbo.
E escorregar-me para além da coisa em si.
Filosofia poetante.
O divino em rimas sem versos.
Não se morre por amor.

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