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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Um pontinho brilhante

Saiu na Folha de São Paulo ontem.
O mundo acabará daqui a cinco bilhões de anos!
A Terra será engolida pelo Sol,
Que com sua sede imlacável por hidrogênio,
Devorará tudo à sua frente.
Mercúrio, Vênus e depois o planetinha azul.
Que mentira!!!
O mundo não acabará!
Quem foi disse que o mundo se resume a esse punhadinho de água e terra em que vivemos?
O universo é muito maior do que o chão onde pisamos.
O Sol que ilumina e aquece também será o que destruirá.
Esticou e puxará tudo a si.
Puxa-puxa sem sabor.
Dentro do princípio vital está também o princípio destrutivo.
O oxigênio de hoje será combustível do fim amanhã.
Existir já é des-existir.
No fim, depois de brevíssimos cinco bilhões de giros,
A esfera azul será engolida, fagocitada pelo Astro-Rei.
E depois, ele próprio, começará a se esfriar...
O calor cederá ao frio.
E pouco a pouco ele também se apagará.
E se tornará uma estrela miudinha, que não piscará mais.
E talvez, seja apontada por dedos extraterrestres em outras galáxias.
Sim, no fim, todos nós seremos Macabeas,
E teremos nossa Hora de estrela.
Os que hoje choram por não apontarem pontinhos brilhantes no cosmos,
E não suspirarem ao lado da pessoa amada mirando o céu,
Amanhã serão consumidos para virar poesia.
O devir faz de nós, meros terráqueos sem brilho,
Estrelas perdidas na escuridão silenciosa do universo.
Viver é dar um passo em direção ao firmamento.
O nosso destino está nas estrelas.
A cada respiro, apagamos um pouco.
O amor apenas antecipa o que nos espera nos céus!
O tempo que devora é o mesmo que faz a vida brilhar.

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