Elas eram muitas.
E, como numa saída de metrô,
Foram saindo apressadas do território das teclas.
Sim, as formigas construíram seu ninho no interior das palavras não ditas.
Escrever é assim: trabalhar como formiga.
Juntar o alimento da poesia nos dias de verão...
Pra que no inverno das letras, as palavras aqueçam como um ninho.
Um poema só tem rima quando é fungado...
Escrever é desovar as sobras...
O amor não está nas malas colocadas no ônibus...
No pranto com sabor de passado e repetição...
O amor está na possibilidade de ser viagem e estrada...
No olhar do outro lado da rua.
Ama verdadeiramente quem sabe ver partir tudo aquilo que parte.
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