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quarta-feira, 12 de março de 2014

O Beijo e o Respiro

Eu creio nos corpos plásticos
Feitos de flexibilidade e movimento...
E que se derretem.
Eu creio na humanidade desejante,
Na ousadia de quem abusa do tempo
E insiste.
Os amores emudecidos não mudam.
Os beijos guardados, 
Os beijos preguiçosos,
Os beijos tímidos, sem força de saírem da boca,
Os beijos curiosos,
São esses que deflagram o coração na ponta dos lábios.
O Amor, quando beijado no rosto, foi traído...
O Amor, quando beijado nos pés, foi lavado...
O Amor, quando erguido, salvou beijando.
O Amor, quando beijou-soprou, fez de todo ser apaixonado um vivente.
E decretou:
Cheirar o ouvido alheio também é uma declaração!
O coração antes de pulsar, aspira.
O último expiro do Amor foi o respirar do Universo.

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