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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Nuvens gordas de verão

A matéria não morre nunca.
Ela se transforma
Como o sol que escolheu bater em minha sala esta tarde pelo avesso...
Pelos reflexos...
É quando a carne vira do avesso que alma existe.
Amor é a paciência pelo futuro.
Paixão é a ardência-urgência pelo presente.
Amor espera.
Convive com a distância.
Pois sabe que a presença existe, onde for.
Paixão resmunga e é deliciosa.
Amor mastiga trinta e três vezes antes de engolir.
Tanto o amor quanto a paixão são feitos de matéria oca.
Que tinem e viram túneis ao mesmo tempo.
Seus olhos com curvas no fim parecem tobogãs,
Que acordam em slow motion
E se deitam em foward 4x
Minhas lágrimas saem espremidas pelo rosto,
E fogem rapidinho, porque sabem que você as enxugará.
Descobri no Ser plural de hoje
Que a Metafísica existe, porque espera.
O deus, pelas surdinas, anda na encolha,
Me rezando como insistência do errado até virar certo.
Minha carne está ansiosa pela ferida,
Como nuvens gordas de fim de verão.
Derramar é uma necessidade.

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