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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Mind the gap

O Corpo é verbo.
Maiúsculo e solitário,
Pode se mover para todos os lados,
E ser infinitivo ao mesmo tempo.
Avesso-me ao objeto,
Recuso-me a ser sujeito,
Escutem, pois o corpo quando fala
Só fala mesmo é gritando!
De tão plástico,
O amor precisa de fogo pra ser moldado.
O esculpido é desculpado de tudo porque deseja.
Quem acusa ostenta a prova.
É quando as portas do trem se abrem
Que o corpo quente em dedos gordos se mostram de repente.
O beijo escolheu o espaço de um hiato.
Mind the gap.
O seu rock and roll aos poucos aprende o meu carnaval.
A cachoeira que atravessamos juntos
O penhasco do proibido
A avenida deserta de almas e cheia de gente
O corpo incandescente de cada um
Aprendeu a acender as lâmpadas dos postes caguetas.
Espero-te nas sextas para desaguar a semana do universo.
É com quatro meses que se costuma saber o sexo dos bebês.



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