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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Festa Junina

Adoro.
Meu Deus é caipira, fazer o quê!
Lembro-me com muita saudade...
Das festas juninas de minha adolescência.
Aquelas de sítio.
Tudo conforme o ritual.
Primeiro a obrigação depois a diversão.
Mulherada com vela na mão. Homens fumando longe.
E tudo começava em forma de terço.
Os estandartes lá, impávidos,
Santo Antônio, São Pedro, e São João,
Que pra mim era o do carneirinho.
Depois do amém.
Velas ao pau.
E a vela que grudava no mastro de Santo Antônio,
Era sinal de casório breve.
Depois,
Comida, comida, comida.
Que saudade dos quentões com muita pinga,
Amendoim torrado no tacho, Pipoca melequenta de óleo,
Chocolate quente (só água e toddy, sem leite mesmo)
Rostos com bigodinhos e barbichas.
As mulheres de pintas pretas em faces rosadas.
E um exército de moleques com bombinhas nas mãos.
Traque e bombinha pode!
Agora rojão é coisa de adulto.
E sempre contavam daquele que tinha perdido a mão,
Mas que ninguém tinha visto.
No forró, não havia problema em nada.
Ómi cum ómi e muié cum muié.
Ali toda quadrilha era do bem.
Ah, Minha família toda foi junina.
A liturgia da vida tinha seu auge na dança...
Onde o casório caipira, com direito a padre bêbado,
Selava o chão sagrado da existência...
Onde as fogueiras falam mais do que tristes teorias.

Um comentário:

mariab disse...

Capelinha de melão
é de São João.
É de cravo, é de rosa, é de manjericão.
São João está dormindo,
não me ouve não.
Acordai, acordai, acordai, João.

Festa junina é bão por demais sô! Tem quentão e pipoca???? Tô nessa!!
Fique com Deus, bjs.