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sábado, 17 de março de 2012

Mão dupla

Ir e vir.
O trânsito em São Paulo é um caos.
É muito carro indo ao mesmo tempo.
Dirigimos aos soquinhos.
Essa semana eu tive uma ideia.
Imbecil, mas tive.
Por que ao invés de existirem ruas tão estreitas, de mão dupla,
Não fazem uma via única, onde todos os carros só vão?
Resposta óbvia que eu já sabia:
E como eles voltariam?
A mão dupla é uma necessidade do trânsito.
Dá um alívio danado ver que o mesmo carrinho que sofreu pra ir
Uma hora volta.
Mão dupla é o grande sentido das relações humanas.
O fluxo deve percorrer os dois lados do caminho.
Seja na amizade, no casamento, no namoro, ou numa relação profissional,
Quando não há espaço para o retorno do outro,
Tudo se engarrafa numa via imóvel.
Apesar das dificuldades das idas por ruas estreitas,
O caminho árduo que cede espaço para o outro éo que dá equilíbrio para o Ser.
Não, não te arrisque a construir viadutos.
Quando o diferente anda por cima, não há troca de olhares.
Há sobreposição.
A espera angustiante pelo outro passante é o exercício da liberdade.
Na falta, o silêncio restaurador.
No vazio, a busca.
Tristes são as estradas velozes que aceleram o percurso,
Mas negam o caminho inverso.
O amor deve sempre ser uma via de mão dupla.

Um comentário:

mariab disse...

"o amor é como a rosa no jardim, a gente cuida, a gente olha, a gente deixa o sol bater, pra crescer, pra crescer! ,,, a rosa do amor não vai despetalar, pra quem cuida bem da rosa, pra quem sabe cultivar”(Gilberto Gil).
O amor é troca, saber dar e aprender a receber...
Fique com Deus, estou sempre em oração por você, Beijos!