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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Hábitos

O hábito faz o monge.
Aliás, não há nada que o hábito não faça.
A festa começa na roupa que se veste,
O bom do bolo é lamber a travessa onde ele é batido.
O melhor do fim de semana vem na sexta.
O amor acontece mesmo é antes.
Também a verdade se veste de palavras.
E se habitua ao dizível, mesmo que emudecido.
Quando o hábito é bom, chama-se virtude.
E cobre até os pés.
Já vício é mini-saia.
O hábito instaura o tempo no meio do caos.
E se tem algo que ainda tenho como regra é o tempo.
As horas são dogmáticas.
Elas não mudam nunca.
E, mesmo assim, passam.
Para ser feliz. Habitue-se às coisas cobertas por véu.
Não revele o que o mistério quis deixar sob o manto.
Não abra a porta entreaberta.
É na fresta que o "pra sempre" habita.
Habituar-se é habitar-se!
O divino não precisa de teto.

Um comentário:

Suely Melo disse...

Indiscutível. A vida é todo esse fascínio, porque é envolta em mistérios que jamais descortinaremos.
As palavras p/ mim, são como estrelas. Elas brilham. Se são poéticas então... meu Deus! E se trazem reflexões profundas, aí me têm aos "pés". Quem tem o dom de fazê-las brilhar em diferentes olhos, merece o céu. Adoroo! um beijo.