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terça-feira, 12 de novembro de 2013

O Equilíbrio do Funâmbulo

Funâmbulo é aquele que se equilibra.
No circo, caminha sobre a corda, ou arame.
Atravessar o desequilíbrio, a inconstância, para alcançar o outro lado.
Sob seus pés nada menos do que o chão feito suspense e grito.
O funâmbulo coloca um pé atrás do outro.
E inspira lentamente o futuro em forma de ida.
A plateia, que está sentada e come pipoca,
Não respira, pois se vê em cada passo daquele que insiste e arrisca.
A vida é a corda estendida entre duas expectativas.
A do fim, que sempre vence.
E a da plateia que pagou pra ver o equilibrista.
Artista é aquele que decidiu percorrer o tenso.
Enquanto o normal da vida se contenta em segurar cordas.
Ele prefere fazer da própria vida um risco,
Em cujos passos, a queda lhe sussurra o tempo todo.
Amar é a arte de equilibrar-se sobre as tensões...
Quem escolhe não sair do chão sob os pés,
Jamais descobrirá a beleza da travessia.
Feita de passos contados,
Suspiros contidos,
E quedas, repetidas quedas.
O amor é a corda onde cada desequilíbrio é um recomeço.
Cair também levanta.

Um comentário:

mariab disse...

“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher” (Cora Coralina).
Parabéns todo especial para você, meu querido amigo, se me permite assim chamá-lo, você sabe que do fundo do coração eu te desejo um feliz aniversário e que Deus te cubra de bênçãos e te conduza. Você é sal, Luz e fermento no mundo para muitas pessoas, continue firme na fé em Cristo e na Igreja, amo você, bjs.