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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Fole

O deus não quis ser feito,
Quis ser fala, filho e fole.
Onde o sopro se fez brasa
E palavra, vício.
Não sei ser um ainda,
Mas tenho aprendido a não ser mais tantos.
Chega um dia em que os heterônimos tiram férias.
E resta a Necessidade, deusa severa,
Única.
O Amor perdeu as asas para o Tempo.
E se instalou no chão mais duro (e mais belo) possível.
A distância faz a fala ser beijo,
E o silêncio, lágrimas.
Onde a carne respira, o deus abençoa a existência,
Mas é no cheiro enviado
Que eu o sinto mais próximo.
Tudo começou no barro.
Insuflado pelas narinas...
Eu desejo amanhecer vendo a Verdade com Olhos Tapados.

2 comentários:

Suely Melo disse...

Gente, que coisa mais rica! Simplesmente linda, Thiago! bjs

mariab disse...

Muito bom , você voltou, não some não... abraços, Rezo por você sempre.Paz e Bem!