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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Vingança

Eu também escrevo por vingança.
Sou ressentido em palavras.
Elas me caçoam.
Porque se sabem livres.
Patético é o coração,
Que se pudesse ser gente
Seria mesmo é criança do começo ao fim.
Pra poder chorar quando quisesse,
E fazer birra por bobagens bestas de antes do almoço.
O que a gente faz com a dor?
A gente esconde embaixo do tapete,
Pra ninguém ver nossa incerteza espalhada pela sala.
O meu bem é in-tenso.
Mas a minha raiva é i-mensa.
A diferença é que o primeiro eu espirro,
E a segunda eu engulo.
Também se faz poesia com entulho.
Paixão boa é aquela dá gosto de se vingar em verso.

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